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sábado, 11 de dezembro de 2010

Transporte de gás de cozinha acontece de forma irregular e frequente em Cruzeiro do Sul-AC

      Transportar inadequadamente botijões do Gás Liqüefeito de Petróleo, (GLP), o famoso gás de cozinha, pode trazer grandes conseqüências e causar graves acidentes. Se ao transportar o gás, o motorista ou motociclista se envolver em um acidente, a fagulha pode surgir, o botijão vazar e entrar em contato com o combustível, causando um incêndio. Todos os veículos e motos que transportam este tipo de produto, devem estar devidamente sinalizados e com botijões armazenados adequadamente.

Na foto, caminhão transitando na Av. 25 de agosto, na altura do Educandário/61BIS, sem utilização do Painel de Segurança e Rótulo de Risco, exigido pela legislação. (Aliás eu não vi nem a placa do caminhão)

      Uma situação de um caminhão que transportava botijões de gás de cozinha em na Av. 25 de agosto em Cruzeiro do Sul-AC, chamou a atenção deste blog, e fez com que surgisse a dúvida de que se realmente seria daquela forma que os botijões deveriam ser transportados. A carroceria estava cheia de botijões soltos.

      Após uma simples pesquisa no site de busca Google, virifiquei que existe uma Norma Brasileira Reguladora (NBR) que regulamenta a questão de armazenamento, transporte e comercialização do gás de cozinha. A NBR 15514-2007, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estabelece critérios de segurança para o GLP, determinando ainda que todo veículo que exerce a prática de transporte do mesmo, tem que ser fechado e possuir aberturas, que forneça aos botijões, ventilação adequada. A Agência Nacional do Petróleo (ANP), o órgão responsável em autorizar a revenda do gás na área nacional, orienta a todos os comerciantes do produto, de que forma o GLP dever ser manuseado e transportado com segurança.

Algumas dúvidas que devem ser respondidas:

      Será que o departamento de fiscalização do município de Cruzeiro do Sul tem registro de multa para quem transporta este tipo de produto inadequadamente ou o município cobra apenas o alvará para a revenda dos produtos? O DETRAN têm competência sobre o assunto? A quem se deve recorrer quando se trata de transporte de produtos perigosos aqui no município? Será que até o momento não houve nenhuma denúncia indicando sobre o caso? Será que os motoristas são treinados em direção defensiva e combate à incêndio? Será que o caminhão está equipado com dispositivos para prevenção e resolução de acidentes? Será que o Corpo de Bombeiros fazem parte deste processo de normatização e fiscalização? Será que os caminhões são vistoriados e apresentam um certificado que garante a liberação para revenda de GLP?

O que é obrigatório para veículos em circulação:

* Carteira de Habilitação (CNH)
* Documento do Veículo
* Nota Fiscal
* Ficha de Emergência
* Curso MOPE- Movimento e Operação de Produtos Especiais observar data de expedição ou última reciclagem (máx. 5 anos)
* Placas Identificadoras
* Extintor Externo
* Kit Básico de Ferramentas
* Faixa Zebrada
* Funcionários Uniformizados e com utilização de crachá de identificação (Recomendado)


Fiz esta foto (infelizmente esta foto foi tirada do celular com uma resolução baixa) quando verifiquei, pelo retrovisor do motorista do caminhão, que o mesmo estava utilizando um telefone celular enquanto dirigia.








      Caro leitor, tudo isso que foi citado aqui foi baseado numa simples observação quando eu voltava pra casa no dia 11/12/2010 às 13h. O que mais me preocupa não é a falta de informações visíveis (Painel de Segurança e Rótulo de Risco), mas algo que pode não estar ao alcançe dos nossos olhos (Treinamento e capacitação do motorista, interesse da empresa de evitar acidentes etc), já que o mínimo não estão cumprindo (será que eles têm idéias das outras normas?).

      Fiz estas fotos e quando cheguei em casa procurei informações à respeito e agora estou disponibilizando aqui no blog para uma discussão maior entre os leitores. Espero que todos façam isso com o que achar errado. Procurem embasamento e coloquem em discussão!

      Acho que Cruzeiro do Sul não pode ficar atrelada a antiga lógica: "Cruzeiro do Sul é distante", "Aqui em Cruzeiro do Sul não precisa disso", "Aqui nunca aconteceu e nunca vai acontecer nada grave". Se nós cidadãos não começarmos a reivindicar pelos nossos direitos, cumprir com os nossos deveres e lutar pela democracia e acesso a informação para todos, seremos sempre reféns dos mandos e desmandos dos "coronéis, senhores feudais e imperadores".

Eu estou cumprindo meu papel, não devo favores à ninguém, exercito a minha livre expressão e quero ver a minha cidade se desenvolvendo com seriedade e responsabilidade! E espero essa mesma atitude de outras pessoas, principalmente dos Cruzeirenses natos, independente das raças, credos ou pensamentos.