A 21º Reunião Nacional de Avaliação e Planejamento do Programa
Nacional de Controle da Malária acontece em Brasília de 29 a 31 de maio
e vai reunir profissionais das Secretarias de Saúde de todo o Brasil
para que mostrem suas experiências no combate à malária.
O Acre foi convidado para apresentar dois painéis: Experiência na
área de capacitação de recursos humanos no controle da malária,
apresentado pela gerente de vigilância em saúde, Izanelda Magalhães, e a
experiência do Estado do Acre quanto a supervisão dos postos de
diagnóstico de malária, apresentado pela gerente estadual de endemias,
Thayna Holanda.
A qualificação técnica dos profissionais é realizada em parceria com
a Escola Técnica Maria Moreira da Rocha. São vários cursos, entre eles
o de técnico de vigilância em saúde, capacitação dos profissionais que
realizam diagnóstico de malária; técnico de análises clínicas com
ênfase no diagnóstico de malária, hanseníase, tuberculose, filariose
(elefantíase), doença de Chagas e leishmaniose.
“A realização destes cursos técnicos é fundamental para a
identificação das competências e habilidades necessárias ao
desenvolvimento eficiente e eficaz de atividades requeridas pela
natureza do trabalho dos profissionais que estejam direta ou
indiretamente ligados às ações de prevenção, objetivando a diminuição
de riscos à saúde, além de conferir identidade profissional aos
trabalhadores da saúde, sendo esta última uma das estratégias de
valorização do trabalhador”, avalia Izanelda Magalhães.
Estratégia de Supervisão sistemática dos Postos de Diagnóstico
As Supervisões nos Postos de diagnóstico no nível local são
realizadas mensalmente pelos supervisores de campo que preenchem os
instrumentos de supervisão e diante das situações encontradas realizam
imediatamente as adequações necessárias.
Após as supervisões, encaminham as fichas preenchidas para a
gerência local que por sua vez consolida as informações e encaminha
para a esfera estadual que avalia as informações, e quando necessário
emite alertas para que sejam corrigidas as situações que se encontrem
inadequadas e posteriormente envia as informações para esfera federal a
fim de garantir a qualidade dos serviços prestados.
Atualmente o Estado do Acre vem apresentando indicadores positivos no
que se refere a essa ação, visto que 99,45% dos casos são tratados
antes de 24 horas, média esta superior à nacional, que é de 97,36%,
sendo este tratamento supervisionado pelos Agentes de endemias.
E quanto ao prazo para início do tratamento dos pacientes, após os
primeiros sintomas da doença, o Estado apresenta média de 66,8% de casos
tratados antes de 48 horas, média também superior à nacional que é de
55,4%. As ações de Vigilância dos pacientes é fator primordial para as
ações de controle da doença.
“Um dos pilares para o controle da malária é o diagnóstico precoce e
o tratamento oportuno da doença, tendo em vista que é por meio desta
ação que é possível o corte da cadeia de transmissão da doença. Essa
estratégia na rotina das ações de controle é muito importante, pois é o
que garante a qualidade do diagnóstico precoce e o tratamento oportuno
e o Acre executa com excelência essa estratégia”, assegura Thayna
Holanda.
Redução dos casos de malária é cada vez maior
Se comparado janeiro a abril de 2011, quando houve notificação de
9.164 casos no Estado com o mesmo período de 2012 que apresentou 7.327
casos, houve uma redução de 20% nos casos de Malária. Ações como a
qualificação de profissionais, supervisão dos postos de diagnóstico,
rotina das ações, utilização dos mosquiteiros impregnados e educação
para a prevenção da doença são alguns dos fatores que contribuem para a
redução dos índices.
Surama Chaul (Assessoria SESACRE)
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