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sábado, 14 de abril de 2012

O pior filme que foi lançado em Cruzeiro do Sul: Peculato e Concussão


É uma vergonha este filme estar sendo visto por milhares de famílias que estão estarrecidas pelo que os dois vereadores Gilvan Freitas (PMDB) e o Pastor Francisco Ribeiro (PSD) cometeram. Ambos foram presos em flagrantes por peculato pela Polícia Federal em uma ação muito bem planejada.
Como relatado pelo jornalista Genival Moura, "a prática de usar laranjas na função de assessor para se apropriar do dinheiro público seria comum entre os parlamentares, por isso, todos os vereadores de Cruzeiro do Sul e seus assessores, devem ser intimados para prestar esclarecimentos e apresentar as documentações exigidas".
Esta não é uma prática que só ocorre em Cruzeiro do Sul (clique na imagem abaixo) e pode estar acontecendo em todas as esferas de governo (municipal, estadual e federal), principalmente neste ano de eleição.
É só entrar nos sites de transparência das doações eleitorais (http://www.asclaras.org.br/busca.php, por exemplo), digitar o nome dos seus candidatos e ver na lista de doadores da campanha os nomes de pessoas que na grande maioria das vezes não são concursadas e recebem dinheiro e aumento de salário das administrações públicas. É claro que só vai ter peixe grande.
Talvez esse fato prejudicial, principalmente para a sociedade, não vá acabar tão cedo enquanto a população ficar sendo conivente, votando nos mesmos nomes, na mesma corja. A população tem que reivindicar, bater à porta da câmara, pedir explicações, fiscalizar e colaborar com o Ministério Público e a Polícia Federal.
Numa sociedade em que a manipulação da lei, a incompetência, os interesses políticos escusos e a culpa são usados para restringir a liberdade individual, a criatividade e a ambição, os cidadãos mais produtivos se veem impossibilitados de pensar e trabalhar.
Movimento contra a corrupção em Cruzeiro do Sul, já!!! Doa a quem doer... EXERCEREI A MINHA CIDADANIA!!!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Rede internacional de combate à malária procura coordenador

O trabalho está vinculado ao projeto "Resistência à cloroquina em Plasmodium vivax: avaliação fenotípica e molecular na Amazônia Ocidental brasileira", financiado pela FAPESP e coordenado pelo professor Marcelo Urbano Ferreira.  O escolhido irá trabalhar na Universidade de São Paulo (USP) oferecendo suporte técnico e científico para as atividades da instituição no Brasil e em toda a América Latina. Deverá estabelecer o vínculo entre os grupos de pesquisa locais e a rede internacional da WWARN, dando apoio para a organização de seminários e reuniões.  A WWARN está construindo uma parceria para recolher e analisar diversos tipos de dados sobre a eficácia de medicamentos antimalária. 
O coordenador deverá assessorar os encarregados pela coleta de informações, ajudando-os a organizar, limpar e analisar os dados. Para se candidatar ao cargo é necessária formação na área biológica, médica ou epidemiológica. Também  é exigida experiência na condução de trabalhos de campo com pacientes em países em desenvolvimento ou trabalhos de laboratório que envolvam aspectos da resistência a drogas antimaláricas. 
O candidato deve ainda ser fluente em português e inglês e ter boa capacidade de comunicação escrita e oral. O prazo de inscrição vai até o dia 15 de abril e o cargo terá duração inicial de 12 meses.  Mais informações pelo site www.wwarn.org/press/jobs.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

2012 nasce com novas perspectivas, mas com velhas atitudes!

...Não de minha parte, pelo menos em relação as velhas atitudes.

O ano mal começou e já está esquentando, literalmente falando... tanto no clima, quanto na política. Nem o acender das luzes natalinas e o brilho da queima de fogos foram suficientes para iluminar os nossos políticos acreanos que acabam frequentando becos obscuros da política oculta.

Hoje me deparei com uma matéria, distribuída a milhões de pessoas por uma rede social, que já não é tão nova como 2012, mas que tratava um antigo problema da política brasileira: corrupção.

A notícia do Página 20 tratava de uma "Suspeita de fraude em licitação da Prefeitura de Cruzeiro do Sul". Li rapidamente a matéria, até mesmo porque já conhecia detalhes do fato.

Até aí, nada tão assustador, grotesco, porque se trata de uma S-U-S-P-E-I-T-A. Assim, continuei minha leitura diária pelos jornais e blogs acreanos, atrás de alguma notícia relevante e eis que me deparo com a seguinte matéria no blog Terra Náuas: "Tensão no Bom Dia Juruá". A primeira coisa que pensei, foi: "Alguém entrou armado na RTV Juruá e causou pânico na hora do Rádio Jornal!"

Na verdade o que aconteceu foi que o Prefeito de Cruzeiro do Sul telefonou para a RTV Juruá após o jornalista Leandro Altheman anunciar a notícia veiculada pelo Página 20 e assinada pelo jornalista Archibaldo Antunes.

Segue o diálogo:

Wagner: "- eu não achei que era política da rádio ficar divulgando notícias mentirosas de sites mentirosos..."
Altheman: "-peraí prefeito, quer dizer que o página 20 é mentiroso e o Ac 24 horas, aquele jornal que os paga é verdadeiro... "
Wagner: "-Eu só quero dizer que não é politica da rádio..."
Altheman: "- o sr é quem vai definir a política da rádio agora..."
Wagner: "- olha só, menino..."
Altheman: "- quem está agindo como menino é o sr. Seja verdadeiro com a população, prefeito. Se o sr. quiser responder às acusações o espaço está aberto, mas se for para desqulificar o trabalho da rádio e TV Juruá, o sr. não está autorizado..."

Meu comentário:

Fico perplexo com a atitude do prefeito, mas não surpreso. Na hora erra, da maneira errada e de forma indelicada e anti-social ele quis atacar o jornalista Leandro Altheman e/ou atacar a Rádio e TV Juruá. 

Este fato mostra como o Prefeito anda incrementando e muito a audiência desta emissora, alavancando-a ainda mais com os seus distúrbios de personalidade e falta de competência para gestão de problemas e dificuldades que contribuem para marcar sua administração como altamente desqualificada. Aliás... já dizia aquele ditado popular: Quem não deve, não teme!

É para isso que serve a sua assessoria de imprensa e os "poderes" legais da prefeitura? Pra ficar dormindo enquanto o prefeito (que de forma despreparada, equivocada, cerceadora e autoritária) fica ligando pra emissora de rádio de Cruzeiro do Sul na tentativa de resolver o seu problema que foi divulgado em Rio Branco por um jornal?

Ao prefeito, que negligenciou, no momento na discussão com Leandro Altheman, a origem do seu partido (PMDB) cujo berço encontra-se no movimento anti-censura contra o regime militar e onde muitos "meninos" foram privados de sua liberdade e/ou perderam as suas vidas, falta o que sobra na RTV Juruá - atitude política e democrática

Wagner Sales começou com o pé esquerdo neste ano decisivo tanto para o seu destino político quanto à população... 

Sales não acredita na força e determinação dos "meninos" de Cruzeiro do Sul e PESSOALMENTE, subjulga, difama e destrói a juventude com o ar de superioridade que lhe é intrínsico!!! 

Por fim deixo questionamentos à todos: Será que a população deseja conviver com a tirania ou a renovação? Trocará o antigo modo de governar pela gestão inovadora? Preferirá dinheiro no bolso no inverno de outubro do que a segurança do alimento à mesa por todo o ano? 

Espero que o vencedor seja derivado de um sábia escolha visando a competência no mais amplo sentido e não a ignorância do coronelismo de barranco.

"Não concordo com o que dizes, mas defenderei até a morte teu direito de dizê-lo."

(Voltaire)


Escrito por: Rodrigo Medeiros

domingo, 27 de novembro de 2011

Porque existe tanta corrupção?

Victor Lapuente Giné, no jornal El País de 27 de março de 2009 (p. 27), questionou e descreveu algumas razões para tanta corrupção na Espanha. Valendo-me desse seu artigo como espelho, vamos transpor suas conclusões (com as quais concordamos em linhas gerais) para a situação brasileira.
No relatório do Banco Mundial divulgado no dia 29 de junho de 2009 (oitava edição do Informe Indicadores mundiais de bom Governo) vê-se que o Brasil não melhorou significativamente sua posição no ranking dos países menos corruptos. A dianteira dos 212 países analisados continua em mãos da Dinamarca, que conquistou a maior nota global (em matéria de medidas anti-corrupção: +2,32).
O Brasil ficou na posição intermediária e sua nota foi -0,03. Na América Latina a liderança anti-corrupção é do Chile. Depois vem Uruguai, Peru, Brasil etc. Nos últimos dez anos, os indicadores do Brasil permanecem mais ou menos estáveis (de +0,10 há dez anos passou agora para -0,03, sendo que a margem de erro varia entre 0,14 e 0,18).
De acordo com Victor Lapuente Giné devemos evitar dois equívocos nessa área: (a) dizer que a corrupção é um fenômeno cultural (“é da nossa cultura”), quando, na verdade, é precisamente o contrário: a corrupção que deteriora a cultura, não a cultura que gera corrupção; (b) afirmar que falta regulamentação mais detalhada para a proteção do interesse público.
A causa mais grave da corrupção deve ser buscada na politização partidária das instituições públicas, cujos cargos, em grande parte, são preenchidos por critérios políticos (de amizade, lealdade e de retribuição). É a política do clientelismo. Essa politização partidária na administração pública gera: (a) grande vulnerabilidade à corrupção (na medida em que há incerteza em relação às próximas eleições), o que leva o funcionário (passageiro) a ser mais proclive ao suborno (e ao enriquecimento ilícito); (b) a convergência de interesses político-partidários (particulares) entre todos os que tomam decisões que definem as políticas públicas.
Em lugar de um funcionário público independente, que tenha condições de denunciar o que não é correto para o interesse público, o administrador conta ao seu lado com asseclas que não pensam em outra coisa que ganhar as próximas eleições (para manter o poder, o cargo, suas benesses etc.).
É da condição humana a contínua busca de poder, ou seja, sua conquista, manutenção e expansão. O poder é alcançado por meio de eleições e de partidos políticos - e de financiamentos lícitos e ilícitos, compromissos de cargos etc.
Os políticos não pensam em outra coisa, porque, como dizia Maquiavel, “o desejo de conquistar é uma coisa muito natural e comum, e sempre os homens que o puderem e o fizerem serão louvados por isso, ou [pelo menos] não serão censurados”. Faz parte da antropologia (da natureza humana) a competitividade, a conquista, a expansividade.
E para alcançar e manter o poder muitas vezes o político coloca em ação meios não recomendáveis (pouco ortodoxos), como, por exemplo, a fraude (corrupção),  a violência ou a total ausência de ética. Conta, ademais, com a conivência dos funcionários (partidários) que jogam no mesmo tipo com o mesmo objetivo (ganhar as eleições, manter cargos etc.).
Outro fator que muito contribui para a corrupção é a impunidade. Para garantir a “governabilidade” (de uma instituição totalmente destruída pela imoralidade, corrupção, nepotismo, patrimonialismo etc.), ou seja, para assegurar a impunidade das trambicagens e estripulias anti-republicanas, todo tipo de acordo político é admitido. Somam-se coronelismos com aventureiros emergentes, velhos patrimonialistas com sindicalistas, tudo em nome da governabilidade, isto é, da impunidade.
O governo do país, dos Estados e das cidades, no Brasil, continua marcado pela política do clientelismo. Nesse ponto nosso país lembra os Estados Unidos do final do século XIX e começo do século XX.
Suas cidades eram administradas por um tipo de governo tendencialmente corrupto que se chamava strong-mayor (eleição para os cargos executivos e legislativos, dando-lhes ampla liberdade de nomeação de seus partidários, para governar a cidade). Desse velho modelo clientelista evoluiu-se para o city-manager, onde os cargos executivos passam para as mãos de profissionais independentes. O partido que ganha as eleições não entra no governo com mãos livres, ao contrário, com “mãos atadas”.
O acesso ao cargo público não pode seguir outro critério que não seja o mérito e a competência. Daí a valia dos concursos públicos. Os funcionários devem ser independentes, mas não podem se perder no corporativismo e cartorialismo. O estilo de administração tem que ser idêntico ao privado, tal como hoje se passa na Suécia e na Nova Zelândia, que se acham dentre os países menos corruptos do mundo.
Muita coisa faz falta no Brasil para que alcancemos níveis decentes de moralização da coisa pública. Sobretudo nos faz muito falta o espírito republicano, bem sintetizado por José Murilo de Carvalho em O Globo de 6 de julho de 2009 (p. 7): “Ser republicano é crer na igualdade civil de todos, sem distinção de qualquer natureza. É rejeitar hierarquias e privilégios. É não perguntar: ‘Você sabe com quem está falando?’ É responder: ‘Quem você pensa que é?’. É crer na lei [assim como na constituição e nos tratados internacionais] como garantia da liberdade. É saber que o Estado não é uma extensão da família, um clube de amigos, um grupo de companheiros. É repudiar práticas patrimonialistas, clientelistas, familistas, paternalistas, nepotistas, corporativas. É acreditar que o Estado não tem dinheiro, que ele apenas administra o dinheiro pago pelo contribuinte. É saber que quem rouba dinheiro público é ladrão do dinheiro de todos. É considerar que a administração eficiente e transparente do dinheiro público é dever do Estado e direito seu. É não praticar nem solicitar jeitinhos, empenhos, pistolões, favores, proteções. Ser republicano, já dizia há 346 anos o jesuíta Simão de Vasconselos, é não ser [o jeito de ser do] brasileiro”. Do mesmo jesuíta lemos: “Nenhum homem [político, eu diria] nesta terra é repúblico, nem vela ou trata do bem comum, senão cada um do seu bem particular”.

Adaptado de Luiz Flávio Gomes (Última Instância)

sábado, 19 de novembro de 2011

O Jeca e a Política

     O Jeca, indiferente ao mundo, não dava atenção nem aos acontecimentos nem às conquistas sociais. Ainda em Urupês, podem-se encontrar relatos de Lobato acerca das atitudes do Jeca. Para o caipira, não importava se o país era independente ou não. A abolição da escravatura em nada modificou a sua vida, a Proclamação da República, menos ainda. Ao Jeca só interessava sua vida.
     Entretanto,  mesmo  sem  dar  importância  aos  acontecimentos  políticos,  o  Jeca votava.  
     Há  uma  narração  que  explicita  a  importância  que  o  dia  da  eleição tinha para o caipira:

"O fato mais importante de sua vida é sem dúvida votar no governo. Tira nesse dia da arca a roupa preta do casamento, sarjão furadinho de  traça  e  todo  vincado  de  dobras;  entala  os  pés  num  alentado sapatão  de  bezerro;  ata  ao  pescoço  um  colarinho  de  bico  e,  sem gravata, ringindo e mancando, vai pegar o diploma de eleitor às mãos  do  chefe  Coisada,  que  lho  retém  para  maior  garantia  da fidelidade partidária. Vota.  Não  sabe  em  quem,  mas  vota.  Esfrega  a  pena  no  livro eleitoral, arabescando o aranhol de gatafunhos a que chama “sua graça”."
     O Jeca votava sem saber em quem. Tal como um tatu, estava sempre curvado, de  cócoras  aos  outros. Vale  ressaltar  que  Monteiro  Lobato  escreveu  os  contos  com  o personagem  “Jeca  Tatu”  quando  o  Brasil  atravessava  o  período  da  República  Velha. Nesta fase, vivia-se a chamada República do “Café-com-leite” que tinha como uma das principais características o coronelismo que, como contam Nelson e Claudino Piletti: “Quem mandava em tudo e em todos eram os ‘coronéis’: no advogado, no padre, no professor, nas pessoas que trabalhavam em suas fazendas”. Os coronéis, com  os  títulos  herdados  do  Império,  faziam  acordos  entre  si  e  escolhiam  quem  iria governar o país.
     Desta forma, o Jeca fictício que entregava seu diploma (título eleitoral) ao seu patrão a fim de que fosse garantida a fidelidade partidária retratava, na verdade, o Brasil  em que Lobato vivia.
     Jeca Tatu não era patriota. Na verdade, ele sequer sabia o que era pátria. Sabia que o mundo era grande, que existiam muitas terras, mas não se importava em saber muito sobre elas. Quando questionado sobre o presidente da república, ele respondia com a pergunta: “O homem que manda em nós tudo?”. Se a resposta fosse afirmativa, ele respondia: “Pois de certo que há de ser o imperador.”
     O Jeca não conhecia o regime político de seu país, não sabia o que era a comentada república. Ele não tinha interesse em saber de nada. A ele nada importava. O próprio Lobato chegou a descrever o Jeca como agente de sua condição.
     Chegou-se a pensar que o Jeca queria andar de cócoras e viver miseravelmente. Porém, o autor entendeu que o sistema condicionava Jeca Tatu a viver no conformismo. Era mais viável para os grupos hegemônicos que o Jeca continuasse curvado, posto de cócoras. Ao Estado era melhor que o Jeca nada falasse e aceitasse a sua condição. Desta forma,  ficaria  mais  fácil  manter-se  no  poder  e  conduzir  o  país  da  forma  que  achasse melhor. Raquel Gonçalves Octávio, conta que Monteiro Lobato passou a descrever o Jeca como vítima social quando se deu conta do abandono em que estava a população interiorana brasileira e percebeu que: “seu personagem se apresentava como uma  pobre  vítima  da  irresponsabilidade  social  de  governos  que  só  se  preocupavam em  cobrar  impostos,  sem  contar  com  as  interpretações  que  apresentavam  Jeca  como produto do meio”.
Quantos Jecas a mais estão sendo e serão forjados em nosso país, em nosso estado... em nosso município?
Adaptado de Jeca Tatu: retrato de um país desigual (Ingrid Ribeiro da Gama Rangel)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Acre e Brasil recebem homenagem pelo combate à Malária

A malária é uma das doenças negligenciadas que mais acomentem a população no mundo inteiro trazendo sérias consequências. Ela não só prevalece em condições de pobreza, mas também contribue para a manutenção do quadro de desigualdade, já que representa forte entrave ao desenvolvimento dos países.
O Brasil recebeu reconhecimento pelos trabalhos do Programa Estadual de Controle da Malaria do Acre. Este Programa alcançou uma redução de 93.863 casos de malaria em 2006 para 25.596 em 2010. 
Em 2006, frente a uma epidemia de malaria, o Programa do Acre pediu apoio ao Programa Nacional de Controle da Malária para integrar a atenção desta doença aos programas de saúde. Uma estratégia integradora incluiu mudanças na estrutura e da gestão do programa estadual, o uso de testes rápidos para diagnóstico de malária em áreas de difícil acesso, mosquiteiros tratados com inseticidas de longa duração, mobilização social e educação para a saúde.
 
No dia 06 de novembro, quando se comemora o dia da malária nas Américas, o Estado do Acre recebeu em Wahsginton o prêmio de segundo lugar pelo combate a malária.
Parabéns à todos que durante estes anos trabalharam de forma incessante, árdua, competente, demonstrando respeito e cuidado para com a nossa população e que conseguiram concretizar uma redução não só no número de casos de malária, como também uma redução na desigualdade social.

domingo, 30 de outubro de 2011

Recado de Oswald de Andrade

Oswald de Andrade foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna que ocorreu 1922 em São Paulo, tornando-se um dos grandes nomes do modernismo literário brasileiro. Foi considerado pela crítica como o elemento mais rebelde do grupo, sendo o mais inovador entre estes.

No primeiro e menos conhecido prefácio a Serafim Ponte Grande,“Objeto e fim da presente obra”, publicado na Revista do Brasilem novembro de 1926, Oswald de Andrade (2007: 48, 47, 48) atacava a pretensão, atribuída ao naturalismo, de copiar fielmente o real: “Tudo em arte é descoberta e transposição”. Daí que a história, dependente de relatos e narrações, partilhasse também desta impossibilidade de dizer o factual e não fosse neutra, e fosse, portanto, resultado das discursividades dos sujeitos: “Quem conta com a posteridade é como quem conta com a polícia” é a frase que abre o prefácio, é reforçada por outra, quase ao final do texto: “A gente escreve o que ouve - nunca o que houve”.
A Antropofagia (e o modernismo brasileiro como um todo) fez um uso constante desta possibilidade de reescrever a história, reinventando tradições e, evidentemente, obliterando outras versões do passado.